Agenda Semanal | - 8:07 am
Descubra o que pode estar por trás disso e o que fazer
A memória é uma das funções cerebrais que mais assusta quando falha, e não é para menos. Globalmente, milhões de pessoas vivem com formas de demência, incluindo a doença de Alzheimer, e o número tende a subir à medida que a população envelhece. Mas o esquecimento nem sempre é sinal de demência: há causas variadas, muitas delas evitáveis ou tratáveis. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 57 milhões de pessoas vivem com demência no mundo, e o número cresce a cada ano. Estima-se que 10 milhões de novos casos surjam anualmente, revelando a dimensão global do problema. A Alzheimer’s Disease International (ADI) projeta que o número de pessoas afetadas aumentará de 55 milhões em 2020 para 78 milhões até 2030, podendo chegar a 139 milhões em 2050. O impacto não é apenas emocional, mas também econômico: o custo global da demência foi estimado em 1,3 trilhão de dólares em 2019, e tende a dobrar nas próximas décadas. Especialistas alertam que o crescimento acelerado dos casos está ligado ao envelhecimento populacional, mas também a fatores que vão muito além da idade, como condições de saúde (hipertensão e diabetes), o nível de escolaridade, o estilo de vida e até a poluição do ar. Em países de baixa e média renda, mais de 60% das pessoas com demência vivem em contextos com poucos recursos para diagnóstico e cuidado, o que amplia ainda mais a desigualdade.
QUANDO O ESQUECIMENTO NÃO É DEMÊNCIA
Nem todo esquecimento é motivo de alarme. Em muitos casos, ele é resultado do ritmo acelerado da vida moderna. O excesso de tarefas, o estresse constante, as noites mal dormidas e até a falta de atenção são causas comuns de lapsos de memória. De acordo com neurologistas, o cérebro precisa de descanso e equilíbrio para registrar e armazenar informações. Quando há cansaço mental ou privação de sono, o processo de consolidação da memória que acontece durante o sono profundo é interrompido. Isso explica por que tantas pessoas reclamam de estar mais “esquecidas” em períodos de sobrecarga. O estresse também é um inimigo poderoso da memória. Quando o corpo produz altos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, áreas do cérebro, como o hipocampo, responsável por formar novas lembranças, são afetadas. A consequência é a dificuldade em lembrar nomes, compromissos ou até conversas recentes. Outra causa frequente é a deficiência de vitaminas, especialmente as do complexo B, como B12 e B1 (tiamina), fundamentais para o bom funcionamento do sistema nervoso. Níveis baixos dessas vitaminas podem causar lapsos de memória, fadiga e até confusão mental. A falta de ferro e vitamina D também pode contribuir para o mesmo quadro. Distúrbios hormonais, como o hipotireoidismo, e condições emocionais, como ansiedade e depressão, estão igualmente entre os fatores que prejudicam a concentração e a retenção de informações. “Muitas vezes, o esquecimento é reflexo de uma mente sobrecarregada, não de uma doença neurológica”, explicam especialistas da Mayo Clinic.
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