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Problemas com o sono afetam cerca de 40% da população mundial

Problemas com o sono afetam cerca de 40% da população mundial

Mesmo com o padrão atual de vida agitada, dormir bem ainda é um princípio fundamental para a regeneração das funções do cérebro. O córtex pré-frontal, que é a área do cérebro associada ao planejamento dos comportamentos e à expressão da personalidade, permanece mais ativo nas pessoas descansadas, o que torna o sono essencial para o bom funcionamento da mente. 

Dormir bem também ajuda a prevenir doenças crônicas, melhorar o metabolismo e evitar distúrbios do sono. Segundo o neurologista Fábio Porto, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), um bom descanso é algo fundamental para o ser humano se manter vivo. “Não devemos pensar no sono como um luxo, mas como algo que faz parte da nossa vida.” 

Dormir pouco ou mal pode levar a problemas de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já considera os problemas de sono como uma epidemia de saúde pública, que pode levar a distúrbios neurológicos e cardiovasculares. 

Os problemas de sono afetam 40% da população mundial, embora apenas 5% das pessoas procurem médicos para esses distúrbios, de acordo com dados da OMS. 

Entre os motivos que impactam o descanso dos brasileiros estão os distúrbios do sono, preocupações financeiras e de trabalho. Outro fator é a hiperconectividade com os celulares e redes sociais, que afeta 75% da população.

Para o neurologista, hábitos errados são os grandes causadores da insônia. É a falta de higiene do sono. “A higiene se traduz em um conjunto de hábitos saudáveis que favorecem o sono”, explica. 

Fábio diz que não existe receita para uma boa noite de sono. “Tudo depende da necessidade. Se você conseguir dormir quatro horas por dia e acordar sem sono no dia seguinte, ok. Mas, na maioria dos casos, isso não acontece.” 

Em média, as pessoas jovens e adultas dormem entre sete e oito horas. Pessoas com mais de 60 anos dormem em média cinco a seis horas. 

CONSEQUÊNCIAS 

Dormir mal é o gatilho para diversas doenças: pressão alta, ansiedade, infarto, derrame, doenças cardíacas, diabetes, envelhecimento precoce e dificuldade de concentração. 

A privação de sono gera ganho de peso, risco de osteoporose e fraturas. Nossa capacidade de memória também é afetada. A insônia pode ser ainda sintoma de outras doenças, como depressão e alterações da tireoide. 

Confira as dicas do neurologista. 

Problemas com o sono afetam cerca de 40% da população mundial

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