Agenda Semanal | - 1:15 pm
Uma em cada cinco mortes ao redor do planeta tem relação com a alimentação pobre.
Se alimentar bem é muito mais importante do que se imagina. Atualmente, 20% das mortes no mundo são causadas por dietas pobres, carentes de grãos integrais, frutas, hortaliças, castanhas e sementes, de acordo com um estudo publicado em 2019 pela revista especializada The Lancet, que analisou dados de 210 mil participantes, coletados durante 32 anos, e também revelou que a carne vermelha e a carne processada (salsichas e pratos prontos) estão no topo da lista de alimentos inflamatórios, ou seja, que causam enfarte e acidente vascular cerebral (AVC), entre outros problemas de saúde.
Enquanto esses alimentos causam morte precoce, outros auxiliam na preservação da boa saúde, inclusive revertendo as inflamações, como os vegetais.
A questão é que pessoas aparentemente saudáveis, em geral, não se preocupam em comer bem e o cuidado com a saúde surge apenas quando algum problema aparece.
O médico Gustavo Feil, especialista em nutrologia, afirma que há uma relação direta entre má alimentação e diabetes, pressão alta e cardiopatias: “o surgimento da grande maioria das doenças está diretamente ligado à alimentação inadequada, baseada em alimentos pobres em nutrientes e ricos em gorduras, carboidratos simples e açúcares. Hoje em dia, temos, na indústria alimentícia, muita diversidade de alimentos saudáveis. Comer mal decorre de um hábito errado”.
Para manter uma dieta saudável, ele recomenda que se conheça os grupos alimentares: carboidratos, proteínas, vegetais e frutas. O especialista indica que a forma mais saudável de se alimentar é diversificar o consumo dos alimentos do mesmo grupo: “é importante não usar alimentos de um mesmo grupo na mesma refeição. Se alimente em um dia da semana com arroz, em outro com massa, em outro com batata e assim por diante. Para que o prato seja nutritivo, é preciso que contenha todas as classes alimentares e, para que seja atrativo, ele deve ter uma boa apresentação e alimentos que estimulem o paladar”.
Uma dica para realizar essa mudança sem aumentar muito os gastos é ir às feiras livres, que costumam oferecer alimentos com menos agrotóxicos do que os disponíveis nos supermercados. Além disso, pesquisar e comprar alimentos da época também ajuda a economizar. “Não é que comer bem custe caro, mas os alimentos industrializados, por serem produzidos em grande escala, aparecem nas prateleiras com valores menores e mais atrativos do que os alimentos in natura ou os que precisamos cozinhar para ingerir”, diz Feil.
Ele faz mais uma orientação: “dê preferência aos alimentos que você possa descascar e/ou cozinhar para ingerir e evite os que você precisa abrir um pacote para comer. Sempre que possível, faça você mesmo a sua refeição. Isso o ajudará a diminuir aos poucos a ingestão de açúcares, gorduras e carboidratos. Dê sempre preferência a frutas e a verduras”. Saiba mais na ilustração.
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