“Pensei em acabar com a minha vida, usando uma faca.”

Quando eu tinha 5 anos de idade, a minha mãe abandonou o meu pai, meus 4 irmãos e a mim. A partir dali, fomos criados apenas pelo meu pai, que cuidou de nós com muito amor, mas não pôde evitar a tristeza e a carência da falta de uma mãe, que eram grandes dentro de mim. Por isso, me casei bem jovem, tive dois filhos, mas passados 18 anos de casada, me separei e me vi sozinha novamente. Logo depois, fui diagnosticada com depressão e síndrome do pânico. Comecei a tomar remédios de tarja preta e não podia ficar sozinha por muito tempo. Retomei o contato com uma pessoa que conheci quando mais nova, na ilusão de curar a minha carência e mudar de vida, deixei tudo no Brasil e vim para os Estados Unidos morar com ele. O que eu não imaginava é que o meu problema iria se agravar. Aqui, mesmo com toda a aparência de vida perfeita, eu não tinha mais meus parentes comigo, a pessoa com quem me relacionava não me dava a atenção que eu precisava, ele gostava de sair sozinho com os amigos e estava sempre ausente. Eu fui ficando cada vez mais triste e implorava por atenção. Lembro- me de um dia sair procurando por ele pelas ruas, tarde da noite, dando murros no volante e chorando de raiva, estava sem controle de mim mesma, parei o carro embaixo de um viaduto e passei a noite ali. O vazio na minha alma ficou tão grande que eu não sorria mais, mesmo tendo dinheiro e viajando para vários lugares, nada me preenchia. Foi quando um dia, me vi na minha cozinha com uma faca na mão e olhando para meu corpo, pensava em que lugar me cortaria, para tirar a minha vida. Eu não tinha mais forças, foi então que recebi o convite de uma amiga para ir à igreja. No início eu ia por ir, ouvia a palavra, mas não colocava em prática, ia alguns dias, depois parava. Eu não me entregava para Deus por isso nada ainda havia mudado. Até que um dia eu tomei a decisão de mudar, me tornei dizimista e em seguida me batizei nas águas. Entreguei- me de verdade, foi uma decisão que mudou toda a minha vida! Parei de tomar as medicações, tirei a dependência das pessoas e priorizei a Deus, busquei a Ele com todas as minhas forças e hoje tudo mudou. Hoje sou feliz de verdade, mesmo quando aparecem lutas, continuo firme, confiante, feliz e muito sorridente, antes precisava de ajuda e hoje me dedico a ajudar as pessoas.