EVG leva ajuda aos necessitados em Nova York

A cidade de Nova York há muito vive do suor e do trabalho árduo dos imigrantes, mas sua capacidade de ajudá-los a sobreviver tem sido cada vez mais limitada. Segundo o município, o sistema de abrigo agora acomoda 4.900 requerentes de asilo. Os recém-chegados são a razão pela qual a população do principal sistema de abrigos para sem-teto aumentou 13% desde maio e agora é de 51.000 ocupantes. Muito se discute sobre quanto desse aumento se deve aos imigrantes e quanto a fatores locais, como o fim da moratória de despejos e mudanças sazonais. Mas, seja qual for a causa, a situação é grave. A cidade alugou 1.300 quartos em 13 hotéis para famílias migrantes. E, como a chegada deve continuar, ele encomendou mais 5.000. Mas, outros seis ou 12 meses semelhantes ao mês anterior podem levar o sistema de abrigos a um ponto de saturação. Desde meados de junho, a população em abrigos familiares aumentou 8,5%, e se a tendência se mantiver por um ano, a população em abrigos familiares quase dobraria, chegando a quase 60 mil pessoas, ante as atuais 31 mil. Novos imigrantes, muitos dos quais chegam sem os recursos e conexões sociais que muitas vezes os ajudam a se estabelecer rapidamente, exercem uma pressão incomum sobre o sistema. A necessidade de encontrar imediatamente um lugar para milhares deles se choca com a oposição instintiva aos novos abrigos que surgem nos bairros da cidade. Além disso, o problema vai além de encontrar lugares com leitos para os recém-chegados, se a chegada de migrantes continuar aumentando no mesmo ritmo, mais de 10.000 crianças poderão se somar à população abrigada no próximo ano escolar. O chanceler David C. Banks anunciou o Projeto Braços Abertos, um plano para fornecer ajuda extra aos filhos de requerentes de asilo para ajudá-los a se matricular nas escolas. A cidade não calculou o custo dos esforços para acomodar os migrantes, mas pediu ajuda ao governo federal para lidar com o que o prefeito costuma chamar de “crise humanitária”. Os migrantes detidos pela Patrulha de Fronteira geralmente são mandados de volta. Mas outros têm permissão para permanecer no país e podem solicitar asilo, um processo que leva anos e geralmente não é bem-sucedido. Nesse ínterim, eles estão livres para se mudar pelo país, e muitos estão aceitando a oferta do governador do Texas para movê-los para Nova York e Washington.