Agenda Semanal | - 11:49 am
Vim de um lar completamente destruído. Meus pais brigavam muito, ao ponto de chamarem a polícia. Depois de tantas discusões decidiram se separar e minha mãe saiu de casa, levando a mim e aos meus irmãos. Meu pai nos abandonou e minha mãe não tinha condições de ficar com todos os filhos, pois éramos quatro. Ela deu cada um dos meus irmãos para morar com pessoas diferentes e somente eu fiquei morando com ela, porque ninguém queria ficar comigo. Aos 7 anos, tive que aprender a me virar, porque minha mãe saía cedo de casa e chegava tarde. Por ser muito inocente, fui abusada por um amigo da minha mãe que trabalhava na nossa casa. Com 11 anos, a minha mãe decidiu me colocar em um internato de segunda a sexta e só voltava para casa aos fins de semana. Em uma das aulas do internato descobri que o que havia acontecido comigo foi abuso sexual. Então, criei uma mágoa muito grande desse homem e também da minha mãe, pois na época eu contei para ela, mas ela falou que a culpa era minha. Com todos esses traumas, os pensamentos de cometer suicídio vieram na minha cabeça. Várias vezes eu subia no topo da escola para pular de lá, porém, algo me impedia.
Depois de um bom tempo, comecei a ir a uma igreja evangélica, comecei a ter uma vida com Deus, entretanto conheci o meu esposo e me afastei da igreja. Nesse período afastada, sofri um assalto que desencadeou em ataques de pânico e conforme o tempo foi passando me afundei na depressão. Eu não conseguia sair de casa, não tinha ânimo para nada, só queria passar o dia deitada na cama. Foi então que decidi, junto com meu esposo, vir morar nos Estados Unidos, com o pensamento que tudo isso iria melhorar e, de fato, melhorou por um tempo, mas depois começou a vir tudo à tona. Até que um dia, resolvi aceitar o convite da minha filha, para ir à igreja. Comecei a frequentar as reuniões, a estar perto de Deus e conforme eu me entregava, Ele retirava tudo aquilo que me atrapalhava de estar na presença d’Ele, mágoa, dor, sensação de pânico, doenças, e o mais importante a depressão. Hoje em dia me sinto em paz e feliz com tudo que Deus tem me permitido viver e agora eu entendo o que me impedia quando eu tentava me matar. Era Ele, Deus.
Fabiana do Nascimento
Everett, MA
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