“NÃO TEM JEITO. O senhor vai ficar cego, operando ou não.”

Em setembro de 2022, meu pai, Francisco Luciano, de 71 anos, recebeu uma notícia devastadora durante uma consulta de rotina com o neurologista. Após uma ressonância magnética, o médico foi categórico: “Não tem jeito. O senhor vai ficar cego, operando ou não”. Essas palavras atingiram nossa família como uma lâmina afiada, extinguindo momentaneamente nossas esperanças. Em 2015, meu pai havia removido um tumor benigno na hipófise. Como parte do protocolo de acompanhamento, ele realizava exames anuais para monitorar possíveis resquícios do tumor, uma vez que a remoção completa poderia afetar áreas delicadas do cérebro. Até então, os exames indicavam estabilidade, sem riscos aparentes. Contudo, devido à pandemia, meu pai não conseguiu realizar os exames anuais. Ao retomar o acompanhamento em 2022, fomos surpreendidos com a notícia de que o tumor havia crescido significativamente, alcançando o tamanho original e comprometendo ainda mais a visão do olho direito — o único com o qual ele enxergava, já que havia perdido a visão do olho esquerdo em 2015, antes da primeira cirurgia. Além disso, sua visão periférica estava comprometida, limitando-o a enxergar apenas o que estava diretamente à sua frente. Essa condição resultou em quedas, tropeços e colisões, afetando profundamente suas atividades diária e causando-lhe grande constrangimento. Diante do diagnóstico sombrio, onde a cirurgia oferecia pouca esperança de preservação da visão, nossa família enfrentou uma batalha interna contra pensamentos negativos. Imaginávamos meu pai cego, incapaz de realizar os sonhos que sempre almejou. Foi um período de profunda angústia. Decidimos, então, marcar a cirurgia e nos entregamos à fé, jejum e oração. Acreditávamos que a Palavra de Deus tinha mais poder do que o diagnóstico médico e confiávamos que o próprio Deus operaria um milagre em meu pai. Mantivemos nossa fé inabalável, cumprindo nossos propósitos espirituais. Inicialmente, o médico havia informado que seria necessário abrir o crânio novamente. No entanto, dias antes da cirurgia, fomos informados de que o procedimento seria realizado pelo nariz, uma abordagem menos invasiva.Para a glória de Deus, ao término da cirurgia, o médico anunciou seu sucesso. Perguntei imediatamente ao meu pai se ele conseguia me ver. Para surpresa dos médicos e nossa, não apenas ele não perdeu a visão, como também começou a recuperar gradualmente a visão periférica perdida há sete anos. Hoje, meu pai leva uma vida saudável e recebeu alta do acompanhamento semestral, necessitando apenas de avaliações anuais. O médico destacou sua rápida recuperação, sem a necessidade de quimioterapia ou radioterapia. Este testemunho reforça que não existem limitações para o Poder Sobrenatural de Deus. Basta crermos e nos entregarmos, sem reservas.