Agenda Semanal | - 8:00 am


Síndrome de Burnout entra na lista de doenças da OMS

Problemas no trabalho podem levar ao esgotamento profissional. Saiba mais sobre essa síndrome.

O esgotamento profissional é tão comum atualmente que a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que vai incluir a síndrome na próxima revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID). Ela passa a valer a partir 2022.

Anos atrás, apenas os executivos e pessoas com altos cargos, agendas lotadas e desgastes na vida corporativa chegavam ao limite da disposição e da energia por conta da grande quantidade de afazeres diários. Atualmente, com as transformações sociais e a tecnologia, as cobranças deixaram de ser apenas presenciais e migraram para os grupos de WhatsApp e e-mails corporativos, que podem ser acessados dos celulares. Dessa forma, a separação entre a vida profissional e a pessoal ficou confusa.

Hoje, os consultórios estão lotados de pacientes jovens, com idade entre 20 e 30 anos, vítimas da Síndrome de Burnout. Você sabe o que é isso? Ela ocorre quando há uma grande exaustão capaz de afetar a produtividade e a saúde.

A palavra burnout significa “queimar até o fim”, ou seja, a pessoa chega ao total desgaste físico e mental.

Fabíola Luciano, psicóloga e especialista em terapia cognitiva-comportamental pela USP, explica que o profissional workaholic (viciado em trabalho) vai na contramão do profissional que sofre com o burnout. “O workaholic busca e deseja trabalhar. No caso do burnout, a pessoa não quer mais ficar naquele trabalho, mas há várias questões pelas quais ainda permanece na situação de exaustão e não consegue sair”, esclarece.

A terapeuta Fabíola Luciano acredita que as mulheres são mais vulneráveis pela dupla jornada: trabalho e lar. Os sintomas vão desde o esgotamento físico e emocional até agressividade, isolamento, problemas de concentração e memória, ansiedade, baixa autoestima e tristeza. Ela pode causar, ainda, dor de cabeça, sudorese, palpitação, insônia, crises de asma e distúrbios gastrointestinais. A diferença com a depressão é que a Síndrome de Burnout apresenta exaustão no seu diagnóstico.

Identificar o problema a tempo é importante para evitar despersonalização ou abandono da profissão.

Fabíola conclui que é necessário entender as prioridades e repensar as consequências do excesso de carga profissional.  “Avalie o quão importante o trabalho é para você, como está se sentindo, como acorda para ir trabalhar todo dia. Esteja atento e não seja o tipo de pessoa que se reduz a acordar, trabalhar e dormir. Isso é prejudicial.” Por último, ela recomenda que se abra espaço para outras atividades que proporcionem prazer, como passar tempo com a família e os amigos, e atentar para realmente estar focado nessas atividades quando acontecerem e não pensando no trabalho.

PALESTRA MOTIVACIONAL

Participe às segundas-feiras do Congresso para o Sucesso e aprenda nas palestras a reequilibrar a sua rotina diária.

Síndrome de Burnout entra na lista de doenças da OMS

Encontre uma Universal mais perto de você. 


  • Redação  

Exit mobile version